domingo, junho 17, 2007

E aos 28 foi de vez

Enquanto somos crianças, e até mesmo adolescentes, todas as zangas e inimigos são irrelevantes. Não passam de situações engraçadas, tempos divertidos, que nos preparam para as verdadeiras "chatices" que hão-de vir quando nos tornármos adultos.
Todos nós passamos por esta fase quer queiramos, quer não. Eu também passei por estes dilemas e todos eles me pareceram uma catástrofe até me ter deparado com o idiota de todo o tamanho.
Este ano (2006/2007), a minha vida sofreu um vol de face. Enquanto docente, e tendo em conta a precária situação que esta classe enfrenta, vi-me forçado a "voar" até à bela ilha da Madeira para poder trabalhar.
Basicamente, isto é um stress do caraças.
Procurar casa, rendas muito altas, andar de transportes públicos, etc... , levam-nos, por vezes, a tomar decisões das quais nos arrependemos mais tarde.
Foi o que aconteceu.
A elevada renda do apartamento que aluguei, forçou-me a dividir o apartamento com uma coisa que se diz pessoa e professor de Educação Musical.
Se contasse aqui todos os pormenores desta estória de contornos catastróficos, nunca mais saía daqui, por isso vou resumir tudo isto a 3 pontos essenciais:

  1. Não saber o que é dividir uma casa com estranhos faltando constantemente ao respeito aos restantes habitantes;

  2. Ser um porco e pensar que todos os outros também o são e como tal vivem numa pocilga;

  3. Ser lambão e tentar de todas as maneiras possiveis e imaginárias esquivar-se a tudo o que implique esforço físico e mental (trabalho) para o seu lado.

Como é lógico, tentámos chamá-lo à atenção, várias vezes, através de todas as maneiras civilizadas que são conhecidas mas, o lesma, como "carinhosamente" é apelidado pelas pessoas normais, não compreendeu, ou não quis compreender, e começou a insultar-me. Passei-me da cabeça e tentei, amavelmente, expulsá-lo de casa. Como é lógico, ele não aceitou e fincou-me os dentes no braço esquerdo. A minha reacção não foi a melhor, bem sei, mas foi a mais acertada. Digamos que lhe acertei o passo (dei-lhe porrada) e agora ele começa, muito lentamente, a respeitar-nos a todos.

Foi preciso chegar aos 28 anos para me irritar à séria.

Quem disse que é a conversar que nos entendemos?