sábado, julho 03, 2021

SOLAR DA SILVEIRA - Boa Ventura (Ilha da Madeira)

Neste sábado (19 de junho) em que fomos "expulsos" de casa resolvemos ir tomar um "café amarelo com gelo" ao nosso sítio do costume. Prontos para a aventura, resolvemos visitar o Solar da Silveira, local que desconhecíamos por completo. Ao chegarmos ao GZ a surpresa foi total pois não esperávamos encontrar um solar desta dimensão "perdido", esquecido (ou não) e quase engolido pela natureza lá ao fundo. Para nossa surpresa descobrimos, ao chegar a casa e numa breve pesquisa, que há a promessa para que este solar seja recuperado. Assim o esperamos.
Este solar possui uma planta em L, composta por corpo principal e uma dependência adossada a S, adaptando-se ao desnível do terreno. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados a quatro águas no corpo principal, ( actualmente inexistente ) e três no anexo, sendo este de telha marselha, rematados por beiral triplo. Fachada principal, virada a N., que confina com a vereda, de dois pisos sobressaindo portal de cantaria cinzenta rija, em verga recta, com cornija e com a inscrição 1785, ladeada de duas janelas dispostas simetricamente, ao nível do primeiro piso, e três janelas no segundo, todas de moldura simples. Fachada E. com corpo principal, percorrido no primeiro piso por quatro portas de espessas molduras em cantaria vermelha dando acesso ao lagar e a outras dependências destinadas às alfaias agrícolas e o produto das colheitas; na parede são visíveis seis argolas que serviam outrora para amarrar os cavalos. No segundo piso, abrem-se seis janelas emolduradas em cantaria vermelha. Corpo adossado com porta no primeiro piso e janela no segundo.
No interior, vestígios da calçada de calhau rolado no pátio e da escadaria em cantaria que dava acesso ao segundo piso. Enquadra-se numa paisagem rural, implantada num vale entre Ponta Delgada e o Arco de São Jorge, à saída do túnel que liga as freguesias de Boaventura e Arco de São Jorge; ergue-se a meia encosta, enquadrada numa paisagem agrícola, junto ao caminho municipal, destacando-se pela sua volumetria. A construção inicial data de 1783 e foi mandada edificar pela família Lícios de Lagos (que possuía terras vinculadas na freguesia da Boaventura, não tendo sido, no entanto, habitação permanente da família); Séc. 19 - consta que aqui residiu temporariamente Antero de Quental, aquando da sua visita à sua tia D. Isabel de Quental, e aqui escreveu poemas lançados ao vento; Séc 20 - alterações.

2 comments:

Blogger Unknown said...

Este solar pertencia a minha tia, irmã do meu avô Sr. Júlio Rodrigues do sítio da Cuada. Era uma dama da alta sociedade casada em primeiras núpcias com um americano. Nascida na freguesia do Curral das Freiras.

terça-feira, 08 março, 2022  
Anonymous Anónimo said...

Bastante briquei quando era criança por esses patios dessa casa. No tempo das vindimas eram epocas de muito trabalho nesse lugar, eram dias e dias a fazer vinho era as colheitas dos donos de dita casa. Agora so restos vao ficando ate algun dia desaparecer do mapa.

domingo, 07 agosto, 2022  

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