sexta-feira, dezembro 15, 2006

Afinal, em Portugal lê-se.....................mal!

«Apesar de não ter ainda trinta anos, a minha experiência de vida já é longa.»
É desta forma que Carolina Salgado se apresenta aos seus leitores.
O que é que isto significa? "Eu sou um grande bovino do sexo feminino que tem muita experiência no que toca ao negocio da venda do corpo e por vezes até sou capacho dos outros, pago e mando dar grandes arraiais de pancada em pobres coitados e, repare-se, que não são estalos mas sim patarrões de força."
"Assim que chega às estantes da FNAC de Santa Catarina, o livro «Eu, Carolina» esgota quase de imediato. Foi lançado há uma semana e, de acordo com a editora, já está a ser preparada a quarta edição.
Só esta loja já vendeu para cima de cinco mil exemplares. Esta manhã, a FNAC recebeu nova remessa, é que ontem, durante todo o dia, o livro esteve esgotado.
O livro de Carolina Salgado está mesmo entre os três primeiros do top FNAC, juntamente com «As Pequenas Memórias» do Nobel da literatura José Saramago e de «A Fórmula de Deus», o mais recente livro de José Rodrigues dos Santos.
A oferta tem ficado muito aquém da procura
. Parece que nem mesmo a editora contava com tamanho sucesso. Apesar da comunicação social já ter revelado grande parte do conteúdo do livro da ex-companheira de Pinto da Costa, a curiosidade em torno destas polémicas páginas mantém-se. Há até quem considere um excelente presente de Natal."
Isto, o que é? Não sabem? Oh, é uma notícias das da TVI.
Mas mais engraçado do que isto, só mesmo as palavras da brilhante autora desta pérola de Literatura Portuguesa.
Carolina Salgado diz ainda que não escreveu o livro «Eu, Carolina» por vingança e que deseja após esta publicação «encerrar um capítulo e voltar ao anonimato».
Ya, right and my name is Brad Pitt.
O prometido livro de Carolina Salgado já está nos escaparates. Ao longo de cerca de 150 páginas, a ex-companheira de Pinto da Costa relata a experiência da sua vida de 29 anos, dando particular destaque aos 6 em que viveu lado a lado com o homem que conheceu quando trabalhava no Calor da Noite, bar de alterne da cidade do Porto, e que considerava como “pai” dos seus dois filhos.
Isto é deveras surpreendente porque, julgava eu, os vocábulos que o bovino dominava eram: "OI", "Meu nomi é Cárolina", "Tenho sedji. Você não pága uma bibida prá mim não?", "Oh sim, sim, sim", "Agora mi dá c?".
Tudo isto é surpreendente, não por "a coisa" ter conseguido escrever (ou ditar para que alguém escreva) 150 páginas e compilá-las num livro mas sim pelo facto desta publicação ter atingido o mediatismo que atingiu. O facto do livro ter vendido não sei quantos mil exemplares (coisa que nem ao Diabo lembra!) só vem comprovar, mais uma vez, o quão medianos, o quão mesquinhos, o quão cuscos são os portuguese (não todos). Porque razão os Big Brothers tinham tanta audiência? Porque os portugueses são um bando de alcoviteiros.
Pelo amor do Santo Deus e de todas as entidades divinas que diambulam pelos aneis de Saturno, estamos no país que viu nascer Camões, Pessoa, Eça de Queirós, Saramago e tantos outros de talento inesgotavel e andamos a perder ( sim, a perder) nosso precioso tempo a ler e gastar o nosso precioso dinheiro com quem não merece.
Já pensaram no que podem fazer com 9,99 euros?
Claro que sim.
Aproveitem bem o vosso tempo e gastem o vosso dinheiro em algo de importante. Contribuam para a evolução cultural do nosso país e boicotem este tipo de publicações. Já agora acabem também com o programa CONTACTO da SIC que não vale nada. É muito fraquinho.

5 comments:

Blogger LuísFixe said...

Há com cada uma

sexta-feira, 15 dezembro, 2006  
Anonymous Anónimo said...

O sucesso de venda deste livro, apenas, vem comprovar que o que interessa ao "Zé Povinho" é a vida alheia.
Por isso, transmitam bons valores às nossas crianças para que deixem de existir "Carolinas Salgado".
Sandrina

sábado, 16 dezembro, 2006  
Blogger Bao said...

Ó Tolo explica-me lá porque razão és sempre a comentar o te própri post :) :) :)
Eu não tenho nada contra o livro e acho que cada um tem o direito de escrever o dito cujo. Se foi ela que escreveu, se o livro é interessante e sei lá quantas mais podem surgir por causa deste livro, isso não implica que não o possa escrever. Cada um de nós depois tem a liberdade de o ler ou não(eu não li, mas também diga-se que só costumo ler os jornais desportivos :)).
Pensa lá bem se o livro é assim tão mau. A verdade é que mau ou bom perdeste o teu tempo a escrever sobre ele, como tal talvez o livro seja relevante.

Esta última conclusão é um pouco perturbadora, pois significa que tudo aquilo sobre o que escrevo ou comento tem a sua relevância e/ou importância. Dass é o que dá entrar por perspectivas mais filósofas.
Porta-te.

sábado, 16 dezembro, 2006  
Blogger Bao said...

Correcção:
Ó Tolo explica-me lá porque razão és sempre o primeiro a comentar o te próprio post :) :) :)

Quer dizer ensinam um gajo a ler tudo o que escreveu, mas continuamos a publicar sem ler e depois dá nisto.

sábado, 16 dezembro, 2006  
Anonymous Anónimo said...

É o que eu digo... o João é comunista!!! COMUNA!!!

segunda-feira, 18 dezembro, 2006  

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